sábado, 15 de março de 2008

Os professores: uma leitura


Nestes anos, todo o investimento e gastos educativos caíram só para um lado: custos com o pessoal docente. Apesar de Portugal gastar uma boa fatia (uma das maiores da Europa) do PIB com a Educação, quase 90% é para pagar ordenados. E os resultados dos nossos alunos, aferidos internacionalmente, estão onde todos nós sabemos.Criou-se um documento chamado de Estatuto do Pessoal Docente onde tudo cabe. Inclusive interpretações mal intencionadas, sempre em favor de mais ganhos e menos trabalho. Saliente-se que este tipo de documento legal, pura e simplesmente não existe em muitos países desenvolvidos… Porque não é necessário.Fala-se muito, agora, do ataque ao que eles (os sindicatos docentes) chamam de direitos adquiridos. E que não passa, afinal, da reposição de deveres à muito incumpridos. Avaliação? Zero. Tanto para os alunos (até à pouco tempo, muitos alunos só faziam exames no 12º ano) como para os professores (todos progridem na carreira). Facilitismo dominante. Dizem os sindicatos que há avaliação docente e que estes não progridem automaticamente. Pois. Mas todos sobem sem excepção e ao mesmo ritmo…Ordenados? São, na Europa, os professores portugueses aqueles que mais ganham (no início da carreira, 139% do PIB) e cujo ordenado mais cresce ao longo dessa carreira (até 320% do PIB). Onde todos chegam (ou chegavam) sem excepção.

Continuar a ler aqui, até porque como todos sabem "Precisamos muito dos professores. Mas de professores realistas, com vontade de trabalhar e conhecedores da realidade. Não professores sempre lamuriantes e com ideias preconcebidas à conta de tanto ouvir os discursos sindicais… Precisam de se lembrar de quando em vez que os sindicatos vivem e só existem enquanto houver problemas para gerir. Pelo que, quando estes não existirem, vão inventa-los…"

Sem comentários: