sábado, 15 de março de 2008

O grande líder


Os professores vêm reclamando contra algumas (ou serão todas?) as medidas que o Ministério da Educação vem adoptando no sentido de reforçar a qualidade da escola pública. Prolongamento de horários? São contra! Aulas de substituição? São contra! Avaliação de desempenho? São contra! Ficamos sem saber de que é que são a favor...mas isso é outra história. O modo como se organizaram revela um profissionalismo só ao alcance dos melhores especialistas do "agit prop". É justo realçar o papel de Mário Nogueira, o líder da Fenprof, professor do Ensino Básico que não sabe o que é dar uma aula há mais de 15 anos, neste processo. Não se critica o direito de contestar as reformas mas o modo como o têm feito. Portugal precisa de professores, não precisa de arruaceiros profissionais. Um exemplo muito feio para os estudantes. Pela sua acção os professores desprestigiam-se. Alguém aproveitou o natural receio da mudança evidenciado pelos professores.
Se questionarmos alguém se quer mais pão de ló para todos ou mais trabalho. Ninguém duvida da resposta que vai obter. Foi o que aconteceu. Perdem os melhores professores, perdem os alunos, perde o país. Esperava-se que 25 de Abril tivesse conferido a todos outro espírito de cidadania. Assim não sucedeu, apenas se pensa nos direitos e pouco nas responsabilidades.

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