sexta-feira, 25 de abril de 2008

25 de Abril


Uma singela homenagem ao 25 de Abril. Mais liberdade, implica mais responsabilidade. Há muito boa gente que não retirou do 25 de Abril os ensinamentos devidos. Pensa em mais direitos e esquece-se das suas responsabilidades! Enquanto ouvem a música que mais preferem retenham esta mensagem essencial. Estou a pensar nos professores e em todos que pensam que podem ter mais direitos ser arcar com as responsabilidades correlacionadas.

domingo, 20 de abril de 2008

A melhor Ministra de Educação


Foram precisos muitos anos para se arranjar um modelo de avaliação dos professores. Porquê? Por receio político?
- E de outros funcionários públicos, não foram só os professores. Esta situação não era um exclusivo dos professores. Foi difícil, está ainda a ser difícil, vai ser difícil durante alguns anos porque foram muitos anos em que aquilo que vigorou foi um paradigma que é contrário, em quase todas as dimensões, àquele que é o paradigma que estamos a tentar concretizar agora.
- É um novo paradigma?
- É um novo paradigma seguramente. Repare. A divisão da carreira em duas categorias é uma situação que é muita estranha para os professores. Porque durante trinta anos as associações sindicais construíram um grupo homogéneo, acabaram com todas as diferenças.
- Todos iguais?
- Todos iguais. Os professores do 1 º ciclo eram diferentes, os professores de ginástica eram diferentes, os professores de educação visual eram diferentes de todos os outros professores. Tudo acabou. A única variável que os professores continuaram a considerar legítima para os distinguir era o tempo de serviço. Era a carreira.
- Só isso?
- Só isso. Mas esse tempo de serviço era muitas vezes um tempo de calendário.
- Não significava serviço efectivo?
- Não, era um tempo de calendário. Agora estamos a propor uma alteração completa. Que é a reestruturação da carreira em sentido vertical, a sua verticalização. E isso é absolutamente necessário porque se fazem as comparações com outras profissões e com a profissão docente em outros países e este é o caminho natural de evolução de uma profissão. Nenhuma profissão pode ser de progressão cilíndrica, em que não nenhuma estruturação vertical. Porque isso é contrário ao princípio de carreira.
- Porquê?
- O princípio de carreira a estruturar as profissões significa que se admite que mais tempo de serviço significa mais experiência, mais competências. Há carreiras em que nós admitimos que o tempo de experiência conta, é uma mais-valia.
- Isso não se passava com os professores?
- Não. Havia carreira, havia os professores mais experientes, mais graduados e melhor remunerados mas isso não correspondia a nenhuma responsabilidade. O que fizemos foi reestruturar, no fundo formalizámos essa diferença e os professores com mais experiência e mais competências devem assumir mais responsabilidades no interior da escola, mais tempo de trabalho na escola e devem ter mais responsabilidades na avaliação e acompanhamento dos professores mais novos. E isto são mecanismos comuns a todas as profissões e eram uma excepção na função docente.
Entrevista a Maria de Lurdes Rodrigues, a ler na íntegra aqui.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Como avaliar os professores?

«Todos os modelos de avaliação são imperfeitos por definição», afirmou a ministra da Educação, na abertura da conferência internacional "Avaliação de professores: visões e realidades", organizada pelo Conselho Científico para a Avaliação de Professores. Reconhecendo que não existem modelos ideais ou perfeitos e que estes resultam de escolhas políticas e de várias condicionantes, Maria de Lurdes Rodrigues salientou a importância da avaliação de professores, opinião partilhada com todos os oradores presentes para quem esta avaliação é inevitável.Apesar das condicionantes, a ministra pretende alcançar um modelo «com o máximo de apuramento e o mínimo de problemas». O objectivo, realçou, é alinhar Portugal pelas melhores práticas internacionais. Por isso mesmo, Maria de Lurdes Rodrigues sublinhou a importância de se conhecerem os modelos de avaliação existentes internacionalmente, para se poder decidir e adoptar as melhores soluções para os problemas concretos.
Continuar a ler aqui.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

O que faz falta aos professores (*)

Conhecer outras realidades...como a realidade escolar vivida em Cuba e aqui retratada por Yoani Sánchez , no seu Blogue Generación Y.
"En la secundaria donde estudia mi hijo tuvimos una reunión de padres que duró tres horas y casi termina en una pelea. La directora del centro escolar leyó la resolución 177 del Ministerio de Educación aprobada en diciembre pasado, donde se establece que el índice académico ya no será determinante a la hora de proseguir estudios en la enseñanza media superior. Los que tengan más altas calificaciones no saldrán premiados con las mejores plazas en preuniversitarios de ciencias exactas, escuelas de arte o tecnológicos de informática y comunicaciones, sino que el tamiz de la selección beneficiará a los más “integrales”.
El conocido escalafón que se confeccionaba a partir de las notas acumuladas durante los tres cursos de la secundaria, ha dejado de existir. En su lugar, el profesor tiene la potestad de asignar –a dedo- quién estudia cada especialidad. Los nueve parámetros que, según el nuevo método de calificación, hacen la integralidad de un joven, son:
1. Asistencia y puntualidad2. Actitud ante el trabajo3. Actitud ante el estudio4. Disciplina5. Uso adecuado del uniforme y de los atributos pioneriles6. Manifestaciones y actividades político-patrióticas7. Participación en actividades culturales y deportivas8. Cuidado de la propiedad social y del medio ambiente9. Relaciones humanas
El punto seis es suficiente para disparar las alarmas, pues abona el terreno donde crecerán fortalecidos el oportunismo y la simulación.
La inquietante reunión ocurrió en los mismos días del Congreso de la UNEAC, donde varios delegados criticaron el estado de la educación cubana y de la formación de valores. Por un lado, se exige que se fomente el talento y la creatividad y por otro, los férreos límites de la ideología segregan a los que piensan diferente.
No me preocupo tanto por mi hijo, pues en los dos años que le quedan para acceder a otro nivel de enseñanza puede ser que ya la impopular medida no exista. Sin embargo, me asusta una Nación donde no se premia el talento, sino la incondicionalidad ideológica; donde un estudiante que participa en una demostración política, puede ser mejor evaluado que aquel que domina los contenidos; donde las propias intituciones escolares señalan, como más atractivo, el camino de las máscaras."
(*) e a todos nós.

sábado, 5 de abril de 2008

Sondagens e Educação

Sondagem Expresso
A Ministra de Educação tem condições para concluir o seu mandato? SIM -57,6%; NÃO - 32,6%.O processo de avaliação dos professores deve ser suspenso? NÃO - 63,6%.PS - 42,1%, PSD - 29,4%, CDU - 9,6%, BE - 8,4% e CDS - 6,0%.
Expresso de 5 de Abril de 2008
Comentários para quê ?! A política de Educação está em linha com o que os portugueses pensam que deve ser feito. Merecemos um Escola Pública melhor!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O Acórdão e a Fenprof


E que diz o dirigente da enprof deste acórdão n.º 184/2008 do Tribunal Constitucional? Ora leiam em detalhe ou vejam apenas um pequeno extracto:
"Quanto à existência de quotas para a atribuição da classificação de Muito Bom e Excelente: “não pode recusar-se que o sistema de quotas instituído pela norma questionada se apresenta como um instrumento de gestão de recursos humanos adequado à diferenciação do desempenho dos docentes”.E, ainda, sobre o mesmo assunto: “a imposição de quotas nas classificações máximas dos docentes não constitui um obstáculo a que possa ser avaliada toda a actividade por eles desenvolvida e que essa actividade se repercuta na progressão na carreira”.Quanto à invocada violação do princípio da igualdade: "A norma do artigo 46.º, n.º 3, do Estatuto não viola o princípio da igualdade, pelo simples facto de prever a fixação de percentagens máximas para a atribuição das classificações de Muito bom e Excelente”.Quanto à suposta restrição de direitos fundamentais: “não se vê como é que a norma questionada possa ser entendida como uma norma restritiva de um direito”.Quanto à alegada violação do princípio da reserva de lei: “tal avaliação, nos termos em que é regulada pela norma questionada, não se afigura como uma afectação negativa do bem jurídico que é protegido pelo artigo 47.º, da Constituição, não estando por esse motivo sujeita a reserva de lei”.Quanto à invocada violação do princípio da proporcionalidade: “a solução encontrada pelo legislador não viola o princípio da proporcionalidade (em sentido amplo, compreendendo os princípios da necessidade, adequação e proporcionalidade em sentido estrito)”.
Leitura integral no Câmara Corporativa, aqui.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Uma opinião...

Nunca os professores, e seus representantes políticos de desvairada legitimidade, aceitariam uma avaliação aberta à comunidade. Eles nem sequer admitem ser avaliados uns pelos outros — por isso falam na criação de especialistas na avaliação de professores, porque antecipam que não chegarão a ser criados. Por exemplo, os professores não aceitariam que em todas as salas estivesse uma câmara, a qual registasse e revelasse toda a interacção ocorrida em cada aula. Não importa para o argumento saber se tal modelo seria exequível em custos, aqui servindo como hipótese caricatural para dar ênfase ao facto de estarmos em Abril e ninguém saber qual o modelo de avaliação que os professores acham correcto, sendo até que muitos têm resposta pronta para mostrar que nenhuma avaliação será viável dada a radical dispersão de opiniões e interesses. O discurso dos sindicatos barricou-se no melodrama, procurando por todos os meios reduzir a problemática da educação pública em Portugal à fulanização do conflito com a Ministra e o Primeiro-Ministro, e apostando na perda de popularidade em período eleitoral para conseguir que o Governo desista. É uma estratégia muito antiga, muito comuna, de acintosa demagogia. Pretende adiar sucessivamente qualquer medida que introduza racionalidade na função docente, preferindo-se o que já se conhece e desfruta. Os sindicatos, e os professores que neles se consideram representados, estão a dizer ao País que têm vivido bem na decadência destes 30 anos. Dizem que o tal caos de décadas, agora denunciado com folclore e empenho, é preferível a qualquer coisa, seja o que for, que venha do ME. Afinal, até há matemáticas do caos, pelo que as pessoas adaptam-se a tudo, inclusive à miséria de uma profissão onde uma professora, que não consegue comunicar com uma aluna, acaba a apresentar queixas judiciais contra tudo o que mexeu na sua sala — menos contra ela própria, a única responsável. Também isto são elementos de avaliação de uma classe sem qualquer classe, e dos mais significativos.
Ler na íntegra aqui.

Uma escola Modelo


A Escola da Ponte é uma instituição pública de ensino, localizada em Vila das Aves, Portugal.
Apesar de ser Escola Básica Integrada, leciona apenas o 1º e o 2°Ciclos do
Ensino básico. A faixa etária dos alunos compreende aproximadamente dos 5 aos 13 anos de idade. No entanto, devido à sua filosofia de educação inclusiva, a escola tem alguns alunos mais velhos. Atualmente, a Escola da Ponte conta com cerca de 160 alunos e 29 orientadores educativos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_da_Ponte
Estamos em crer que muito boa gente que critica o desempenho dos professores (alguns) deveria conhecer esta escola!